Centro de Memória de Belterra
sábado, 30 de julho de 2011
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Governador Jatene visitou o Centro de Memória de Belterra
Centro de Memória de Belterra completa seu primeiro ano de funcionamento
quarta-feira, 2 de março de 2011
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Mirando o futuro sem olvidar o passado
Conhecemos a Casa Um, a Vila Americana, a Vila Mensalista e a Vila Operária. Infelizmente poucas são as casas que mantém seus jardins bem cuidados como nos tempos áureos da borracha e, infelizmente, todas exibem cercas em seus terrenos que não existiam na época do Projeto de Ford. Curiosamente na gigantesca Caixa D’água de metal ainda existe o mesmo apito que tocava e ainda toca nas mesmas horas do longínquo pretérito em memória de um sonho americano que não vingou.
(Otavio Azevedo Mercadante, diretor do Instituto Butantan)
Fontes: GRANDIM, Greg. Fordlândia: Ascensão e queda da cidade esquecida de Henry Ford na selva. (*) Hiram Reis e Silva é Coronel de Engenharia, professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA), presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS), acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB), membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS) e colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional. Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br. E–mail: hiramrs@terra.com.br |
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Conheça a história de Belterra
Fonte: Wikipédia.
Com a expansão do comércio da borracha, por volta de 1840, iniciou-se uma nova fase de ocupação da Amazônia. Por causa da grande procura pelas seringueiras quase toda a região foi explorada. A origem do município de Belterra está intimamente ligada a essa época. O milionário Henry Ford queria transformar mais dos seus sonhos em realidade. O objetivo do dono da Companhia Ford, líder na indústria automobilística nos Estados Unidos, era implantar um cultivo racional de seringueiras na Amazônia, transformando-a na maior produtora de borracha natural do mundo.
Nascia, então, a Fordlândia, localizada entre os municípios de Itaituba e Aveiro, que tinha cerca de um milhão de hectares de terras que o governo brasileiro teria cedido à Ford. A vila teria toda a infraestrutura de uma cidade moderna made in EUA. Mas, o sonho não aconteceu, pois a Fordlândia não era uma área propícia para ser base de implantação do projeto. Por isso, técnicos da Ford iniciaram investigações para encontrar uma área que fosse ideal para o projeto da Companhia Ford.
A descoberta era perfeita: uma planície elevada às margens do Rio Tapajós, coberta por densa floresta. A essa área Ford chamou de 'Bela Terra', que depois passou a ser chamada de 'Belterra'. A partir daí, o projeto começava a se tornar realidade, e Belterra ficou conhecida como "a cidade americana no coração da Amazônia". O projeto teve início e uma estrutura nunca antes montada em toda a região foi dando vida à futura cidade modelo. Hospitais, escolas, casas no estilo americano, mercearias, portos próximos à praia foram construídos para abrigar as famílias de todos os empregados que estavam trabalhando no projeto. Grande parte dos trabalhadores braçais vinha do sertão nordestino, fugindo da seca, e encontravam no projeto de Henry Ford a salvação.
Em cinco anos, o projeto ganhou dimensões incomuns para a região naquela época: campos de atletismo, lojas, prédios de recreação, clube de sinuca, cinema. De 1938 a 1940, Belterra viveu o seu período áureo e foi considerado o maior produtor individual de seringa do mundo. No entanto, o final da 2ª Guerra Mundial, a morte do filho de Henry Ford, a grande incidência de doenças nos seringais e, principalmente, a descoberta da borracha sintética foram fulminantes para a decadência do projeto em Belterra. A partir daí, a área foi negociada para o Brasil e a Companhia Ford abandonou o sonho.
Durante 39 anos, Belterra foi esquecida e a "cidade americana" foi transformada, entre outras denominações, em Estabelecimento Rural do Tapajós (ERT), ficando sob jurisdição do Ministério da Agricultura. Somente em 1997, os moradores de Belterra conseguiram a emancipação do município.