sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Conheça a história de Belterra

Fonte: Wikipédia.

Com a expansão do comércio da borracha, por volta de 1840, iniciou-se uma nova fase de ocupação da Amazônia. Por causa da grande procura pelas seringueiras quase toda a região foi explorada. A origem do município de Belterra está intimamente ligada a essa época. O milionário Henry Ford queria transformar mais dos seus sonhos em realidade. O objetivo do dono da Companhia Ford, líder na indústria automobilística nos Estados Unidos, era implantar um cultivo racional de seringueiras na Amazônia, transformando-a na maior produtora de borracha natural do mundo.

Nascia, então, a Fordlândia, localizada entre os municípios de Itaituba e Aveiro, que tinha cerca de um milhão de hectares de terras que o governo brasileiro teria cedido à Ford. A vila teria toda a infraestrutura de uma cidade moderna made in EUA. Mas, o sonho não aconteceu, pois a Fordlândia não era uma área propícia para ser base de implantação do projeto. Por isso, técnicos da Ford iniciaram investigações para encontrar uma área que fosse ideal para o projeto da Companhia Ford.

A descoberta era perfeita: uma planície elevada às margens do Rio Tapajós, coberta por densa floresta. A essa área Ford chamou de 'Bela Terra', que depois passou a ser chamada de 'Belterra'. A partir daí, o projeto começava a se tornar realidade, e Belterra ficou conhecida como "a cidade americana no coração da Amazônia". O projeto teve início e uma estrutura nunca antes montada em toda a região foi dando vida à futura cidade modelo. Hospitais, escolas, casas no estilo americano, mercearias, portos próximos à praia foram construídos para abrigar as famílias de todos os empregados que estavam trabalhando no projeto. Grande parte dos trabalhadores braçais vinha do sertão nordestino, fugindo da seca, e encontravam no projeto de Henry Ford a salvação.

Em cinco anos, o projeto ganhou dimensões incomuns para a região naquela época: campos de atletismo, lojas, prédios de recreação, clube de sinuca, cinema. De 1938 a 1940, Belterra viveu o seu período áureo e foi considerado o maior produtor individual de seringa do mundo. No entanto, o final da 2ª Guerra Mundial, a morte do filho de Henry Ford, a grande incidência de doenças nos seringais e, principalmente, a descoberta da borracha sintética foram fulminantes para a decadência do projeto em Belterra. A partir daí, a área foi negociada para o Brasil e a Companhia Ford abandonou o sonho.

Durante 39 anos, Belterra foi esquecida e a "cidade americana" foi transformada, entre outras denominações, em Estabelecimento Rural do Tapajós (ERT), ficando sob jurisdição do Ministério da Agricultura. Somente em 1997, os moradores de Belterra conseguiram a emancipação do município.

Localização

Foto: Paulo Lima
Em meio ao Bosque das Seringueiras, o Centro de Memória tem clima agradável para a receber estudantes, turistas, pesquisadores, a comunidade em geral e interessados na história de Belterra. 
O prédio foi restaurado no primeiro trimestre de 2010 pelo Projeto Butantan na Amazônia Muiraquitan Brasil, parceria do Instituto Butantan, AmaBrasil e Prefeitura Municipal de Belterra.
No passado, o prédio serviu de residência dos médicos do Hospital Henry Ford e após a emancipação de Belterra, abrigou a Secretaria Municipal de Saúde.

Endereço: Vila Americana nº 108, Bosque das Seringueiras, Bairro Centro - CEP: 68143-00 Belterra Pará.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Horário de Funcionamento

Horário de Funcionamento para o público:
Terça a sexta-feira
08:00 às 12:00 e das 13:00 às 17:00 horas
Fechados todas as segundas feiras – horário destinado a higienização, catalogação e visitas externas.

Endereço: Vila Americana, nº 108, Bosque das Seringueiras, Bairro Centro
CEP: 68:143-000 Belterra – Pará
Telefone: (93)91954249
Email: cmemoriabelterra@gmail.com
Twitter: @memoriabelterra

Acervo

O Centro de Memória de Belterra iniciou suas atividades com o recolhimento de documentos textuais do antigo Hospital Henry Ford que estavam guardados na Unidade Mista de Saúde de Belterra, de objetos que estavam nas dependências do antigo hospital, além de outros recolhidos em edificações abandonadas. Este material está em processo de identificação, avaliação e higienização.
Antes da criação do Centro de Memória a documentação era consultada em diferentes locais: Secretarias da Cultura, Turismo, Saúde, SEMINF e nas casas dos próprios moradores de Belterra. Nestes locais o local não oferecia condições para consulta ou guarda apropriada do acervo. A parceria com o Instituto Butantan resultou na criação de acervos de História Oral e recolhimento de outros, como textos, imagens, recortes de jornais e filmes adquiridos junto aos outros parceiros como o Projeto Saúde e Alegria e Instituto Boanerges Sena, em Santarém. A maior parte deste material foi encaminhada para São Paulo, servindo para pesquisa dos pesquisadores do Instituto Butantan. Consulta ao Acervo
A maior parte dos documentos sob nossa guarda encontra-se aberto à consulta, no entanto não é permitido o empréstimo.
Alguns documentos podem ser reproduzidos mediante a assinatura por parte do consulente do Termo de Uso de Acervo, através do qual o pesquisador se compromete a citar o Centro de Memória de Belterra como referência a fontes que forem copiadas.
Pesquisas com acompanhamento técnico devem ser agendadas previamente por telefone.

Pesquisadores do CMB


Coordenadora: Mônica de Almeida - Estudante de jornalismo, moradora de Belterra e apaixonada pela história de Belterra;
Agente de Atendimento: Osenildo Maranhão - Pedagogo, morador de Belterra e filho de ex-seringueiros das Plantações Ford.


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Missão e objetivos

Apresentação
Os Centros de Memória ou Documentação são espaços de pesquisa e divulgação criados para que universidades, indústrias, órgãos públicos, sindicatos, entre outras instituições reúnam seus acervos a partir de linhas temáticas. Como locais voltados para a geração de informações e organização de fontes de pesquisa, os Centros de Memória garantem o acesso livre a todos que se interessam pelo patrimônio (material e imaterial), ajudando a formar uma sociedade mais consciente, crítica e multiplicadora de seus conhecimentos.
Missão e objetivos
Em 01 de maio de 2010, a Prefeitura Municipal de Belterra, em parceria com o Instituto Butantan e a Oscip Ama Brasil, inauguraram o Centro de Memória de Belterra, que tem por objetivo incentivar e divulgar pesquisas sobre a história do Município de Belterra, por meio de projetos e ações educativas destinados à valorização do patrimônio e da memória local. Para isso será de responsabilidade do Centro de Memória recolher, catalogar, preservar e disponibilizar acervos históricos adquiridos para consulta pública total e irrestrita, bem como contatar instituições afins e localizar acervos de interesse.
Fonte de pesquisa para a história do município. O acervo será composto por:
- Documentos em papel (arquivo e biblioteca histórica original), objetos tridimensionais originais, iconografia (slide, papel e reproduções), audiovisuais (originais e reproduções) relacionados à história do Município de Belterra. Exemplo: Jornais e recortes, revistas, fotografias, fitas cassetes e de vídeo, publicações específicas sobre a cidade, além de uma pequena biblioteca de livros raros que datam da década de 1930 a 50.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Primeira postagem

Olá pessoal,

É com muita alegria que colocamos nosso Centro de Memória de Belterra na rede mundial de computadores.
Informamos que este será um espaço para contarmos as novidades da pesquisa, as atividades educativas desenvolvidas, a nossa rotina de trabalho e divulgar o acervo disponível no Centro de Memória.
Precisaremos muito do apoio de quem vive ou viveu em Belterra para nos contar suas memórias da história de Belterra.

Atenciosamente,

Mônica de Almeida e Osenildo Maranhão